Joan Baez regressa hoje a Lisboa
É uma lenda da música folk e ainda hoje uma ativista ligada a grandes causas. Foi uma das primeiras vozes da cultura folk que emergiu no Greenwich Village nova iorquino perto da alvorada dos anos 60 e foi mesmo a primeira a assinar uma versão de um tema de Bob Dylan. O protagonismo que então teve na música e como uma das mais vivas vozes em tempo de lutas pela paz e igualdade de direitos, fez dela uma das mais escutadas figuras dos anos 60, tornado-se mesmo num dos seus maiores ícones. Chama-se Joan Baez e hoje está de regresso a Lisboa para um concerto, pelas 21.30, no Coliseu dos Recreios.
Não é a primeira vez que passa por estes lados, a primeira visita obrigando-nos a recuar aos anos 70 para a assinalar no mapa do que era então o escasso lote de nomes que chegavam a este canto da Europa para cantar frente a uma plateia. Das suas memórias portuguesas deve ter ficado contudo registada (em si e em quem lá esteve) a recordação de uma outra atuação, já em 1983, no mesmo Pavilhão Dramático de Cascais, onde mesmo uma falha do sistema elétrico não impediu que o concerto continuasse… unplugged.
Joan Baez regressa no quadro de uma digressão que vem já do ano passado e que, na Europa, tem acompanhado o lançamento do seu mais recente disco. Tem por título Diamantes e é um registo ao vivo originalmente pensado para ser vendido como edição limitada na sua digressão latino-americana de 2014, e que inclui temas cantados em espanhol e português.
Apesar de ter assinado várias adaptações de clássicos da folk nos primeiros tempos da sua obra e de ter gravado temas da sua autoria, sobretudo nos anos 70, muita da discografia de Joan Baez apresenta leituras suas para originais de alguns dos maiores cantautores dos últimos 50 anos. E é entre estas referências que, depois de uma noite ontem vivida no Porto, deve fazer-se o alinhamento que logo poderemos ver no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. – N. G.

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