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James Horner (1953-2015)

Texto: NUNO GALOPIM

O compositor James Horner, cuja obra se projetou essencialmente no cinema, morreu aos 61 anos vítima de um acidente de aviação. Vencedor de dois Óscares em 1997 pela música de Titanic – um pela banda sonora, outro pela canção My Heart Will Go On, interpretada por Celine Dion – e tendo somado ao longo dos anos mais oito nomeações, foi um compositor com presença regular no grande ecrã tendo procurado nos últimos anos não esgotar ali a sua obra ao estrear, em 2014, uma obra inédita criada para uma coreografia.

Apesar das ligações frequentes a alguns cineastas, sobretudo Ron Howard, Mel Gibson ou James Cameron, Horner não chegou nunca a estabelecer com nenhum deles uma relação tão emblemática como a que Danny Elfman talhou com Tim Burton ou Howard Shore com David Cronenberg. Porém, desde que se estreou numa longa-metragem em 1979 com The Lady in Red, de Lewis Teague, chamado atenções maiores três anos depois com a música de Star Trek II: A Vingança de Khan, de Nicholas Meyer, encetou uma obra cedo reconhecida entre o grande público e a indústria. Nos anos seguintes, ao assinar a música para filmes como Krull, de Peter Yates, Cocoon de Ron Howard, Aliens de James Cameron ou O Nome da Rosa, de Jean Jacques Annaud, viu-se catapultado para um patamar de grande popularidade e aclamação, sobretudo entre os espaços do cinema norte-americano de grande orçamento e audiência.

São suas as bandas sonoras de filmes como Apollo 13 e Uma Mente Brilhante de Ron Howard, Avatar de James Cameron, Lendas de Paixão de Edward Zwick ou Braveheart de Mel Gibson. A sua música era essencialmente funcional, frequentemente acolhendo heranças de obras e nomes da tradição clássica ocidental. A presença de elementos da música céltica em algumas das suas bandas sonoras de maior popularidade – nomeadamente Titanic ou Braveheart – valeram-lhe muitas vezes aí um rótulo que na verdade não é de todo transversal à sua obra.

Excerto da banda sonora de Aliens.

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