1994. Entre memórias e inéditos
Texto: NUNO GALOPIM
Ainda Pink Moon não tinha sido gravado e já uma primeira antologoia propunha uma seleção de canções dos dois primeiros álbuns para apresentar o músico ao mercado norte-americano. Com o título Nick Drake (1971) não era exatamente um best of, mas um cartão de visita na forma de LP. No Reino Unido, a primeira vez que a música de Nick Drake surgiu reunida foi em 1979, na versão original da caixa Fruit Tree, que então agregava os três álbuns de estúdio. Seis anos depois, Heaven in a Wild Flower: An Exploration of Nick Drake representava um primeiro “best of” que, por não incluir material revelado postumamente, acabou por não ter novas vidas (ler reedições).
Ao juntar faixas dos três discos de estúdio e dois temas de Time of No Reply, a compilação Way To Blue – An Introduction to Nick Drake (1994), acabaria por se afirmar como a peça de referência mais recomendável para quem pretendesse uma primeira abordagem à sua música. Seria, de resto, o primeiro dos seus discos a somar vendas significativas, atribuindo-lhe mesmo um certificado de “disco de ouro” no Reino Unido (que, com o tempo, acabaria também por ser atribuído aos seus três álbuns de estúdio.
A história das antologias oficiais na discografia de Nick Drake incluiria com o tempo Made To Love Magic (de 2004, essencialmente uma revisão melhorada de Time of No Reply), A Treasury (também de 2004, um “best of” contendo o inédito Plaisir d’Amour, das sessões de Pink Moon) e Family Tree (de 2007, uma coleção de gravações inéditas registadas na casa da sua família).
A mais recente edição antológica dedicada a Nick Drake é a caixa Tuck Box, que junta, em cinco CD, os álbuns Five Leaves Left, Bryter Layter e Pink Moon, assim como as antologias Made To Love Magic e Family Tree.

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