O New York Times desafiou os seus críticos a adivinharem o futuro e colocou tudo online. Pouco interessa se o futuro passa mesmo ou só por ali. Um mero pretexto para falar de música.

Que canções vamos ouvir amanhã? Na música pop, o futuro é sempre já e o presente rapidamente se torna passado. Mesmo que, e essa é uma das magias da pop, muitas canções vão sobrevivendo a tempo e formando, dessa forma, uma espécie de cadeia de ADN a partir da qual vão nascendo novas canções.

E o que nos atrai nessas canções? Sim, há a eterna e filosófica identificação com o que é cantado, há eventualmente um fascínio estético pelas opções tomadas e há – e isso será recente e muito formatado pelas redes sociais – um movimento gregário e temporária à volta de uma canção apenas porque sim. E no dia seguinte a canção já é outra, numa espécie de voragem para a qual as redes sociais são, precisamente, o palco privilegiado.

O New York Times (NYT), na sua revista de domingo, decidiu tentar adivinhar o futuro – o tal que é já amanhã – da música pop a partir de 25 canções do presente e do tal passado que foi ontem.

De Justin Bieber a David Bowie. De D’Angelo a Sun Kil Moon. Dos Wilco a Rihanna. São 25 canções das mais variadas proveniências, que, no entender dos críticos do NYT, vão influenciar o que vamos ouvir nos próximos tempos.

Claro que não se trata de um exercício consensual, nem era isso que se esperava. Apenas uma lista de 25 canções a partir da qual se pode falar de música. A grande mais-valia desta lista são os excelentes textos que acompanham as canções e que, seja para conhecedores seja para quem tenta perceber um pouco do funcionamento da arte e da indústria da música, constituem um ótimo ponto de partida.

E agora a parte melhor: na versão online, podemos ouvir as canções enquanto lemos sobre elas e temos ainda a opção de uma lista no Spotify.

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