Jardins pintados
Texto: NUNO GALOPIM
Monet dizia que devia a sua pintura às flores. E é precisamente tendo como ponto de partida um dos pintores com mais marcante presença da representação dos espaços de jardins entre a sua obra que a Royal Academy of Arts, em Londres, propõe na exposição que tem neste momento patente, um percurso que vai dos dias deste pintor francês até à década de 1920, reparando como, além dele, outros mais tomaram esse mesmo universo como fonte de inspiração.
“Painting The Modern Garden: Monet to Matisse”, que está por aquelas salas até dia 20 de abril, junta a obras de Claude Monet – entre elas uma das sua célebre representação de lírios d’água, datada de 1916 (que ilustra o topo do post) – pinturas de nomes como os de Renoir, Cézanne, Pissarro, Manet, Sargent, Kandinsky, Van Gogh, Klimt, Klee e Matisse. O percurso, que cobre seis décadas na história da pintura, junta assim obras e artistas que nos permitem observar como o jardim foi retratado pelos impressionistas, pós-impressionistas e primeiros vanguardistas do século XX.
A exposição, que resulta de uma parceria entre a Royal Academy of Arts e o Cleveland Museum of Art, inclui cerca de 120 obras nas quais se nota como os jardins deram a estes artistas “liberdade para abrir novos caminhos e explorar o mundo em permanente mutação ao seu redor”.
Podem ver, aqui, algumas das obras que estão expostas na Royal Academy Of Arts:

Claude Monet, “Lírios d’Água” (1914)
Emil Nolde, “Jardim de Flores” (1922)

Vasily Kandinsky, “Murnau – Jardim 2” (1910)


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