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Edgar W. Froese (1944-2015)

Edgar Froese

Um dos fundadores dos Tangerine Dream, com carreira em paralelo a solo desde 1974, o alemão Edgar W. Froese foi um entre os pioneiros que, na Alemanha de inícios dos anos 70, abriram as portas da música electrónica aos terrenos da música popular e, naturalmente, figura proeminente do krautrock. Morreu hoje em Viena (Áustria), aos 70 anos, vítima de uma embolia pulmonar.

Com formação em piano e guitarra desde muito jovem, começou por estudar piano e escultura antes de, em 1965, formar uma primeira banda: os The Ones. O momento mais marcante dessa etapa da sua carreira surgiu na ocasião de uma atuação na vivenda de Salvador Dalí, em Cadaqués, encontro que influenciaria muito o rumo futuro da carreira do músico.

Depois do fim dos The Ones regressou a Berlim onde juntou um núcleo de músicos dos quais nasceriam os Tangerine Dream banda com a qual, através de álbuns marcantes como Phaedra (1974), Rubycon (1975) ou Ricochet (1975), desempenhou um papel determinante na história da música electrónica. Em 1974 encetou um caminho em paralelo a solo, estreando-se com Aqua, visão feita de texturas e acontecimentos que expressa igual vontade em explorar as electrónicas de um ponto de vista mais cénico que melodista, sugerindo contudo em NGC 891 uma das primeiras expressões de uma ideia de arrumação rítmica que acabaria conhecida como motorik.

Edgar W. Froese mantinha-se ainda a bordo dos Tangerine Dream, sendo o único elemento ainda presente da formação original do grupo. Em 2014 o grupo não só editara o álbum ao vivo Phaedra Farewell Tour 2014, como os EPs Josephine The Mouse Singer – um poema sónico baseado na escrita de Kafka – e Mala Kunia. Também em 2014 Edgar W. Froese tinha publicado o livro Tangerine Dream – Force Majeure – 1967–2014. – N.G.

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