Panda Bear: a vez do palco depois do novo disco
Autor de um dos lançamentos mais antecipados de 2015, Panda Bear (nome artístico de Noah Lennox, membro dos Animal Collective) é uma figura a não perder de vista ao longo do novo ano. Com Panda Bear Meets the Grim Reaper, o disco que atrai – e merece – todas as atenções neste mês de janeiro, voltamos a estar diante de uma obra que à semelhança do anterior Tomboy, é produzida em parceria com Peter Kember (também conhecido por Sonic Boom).
Se o EP Mr Noah, lançado em outubro do ano passado, nos fazia antever uma direção consideravelmente distanciada da abordagem melódica do disco anterior, 2015 vem garantir que, apesar de um novo modo de diálogo (longe de saudosista) com as heranças do psicadelismo, Panda Bear volta a reunir os componentes necessários para conceber uma nova coleção de canções que merece, mais uma vez, audições atentas e dedicadas. Algo que poderemos comprovar ao vivo, muito em breve.
A digressão europeia que servirá de mecanismo promocional a Panda Bear Beets the Grim Reaper ganha forma ao longo do mês de março e conta com duas datas em solo português: no dia 11, o músico subirá ao palco lisboeta do Teatro Maria Matos, e no dia seguinte tem atuação marcada em Braga, no GNRation.
Quem já assistiu a espetáculos anteriores do músico certamente já o saberá, mas ainda assim vale a pena referir a imprevisibilidade que recorrentemente os caracteriza em palco. Tal como acontece quando atua com os Animal Collective, também a solo Panda Bear opta por uma lógica (ou visão) quase laboratorial do espaço do palco. Seja com a exploração (e afincada perpetuação) das várias componentes rítmicas das canções, ou com recurso à apresentação insistente de composições inéditas, os concertos de Panda Bear asseguram um ambiente muito característico e muito pouco propício à indiferença de quem assiste. – André Lopes
Recordamos agora as duas canções e os respetivos telediscos que ainda em 2014 nos apresentaram o universo de Panda Bear Meets the Grim Reaper:
Deixe uma Resposta