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A individualidade como motor e motivo

Texto: GONÇALO COTA

© Iñigo Sánchez

A fila para entrar no Fontória estendia-se da Praça da Alegria até à Avenida. Ninguém quis ficar de fora da festa de abertura do Queer Lisboa 2016. Ninguém mesmo. Os diálogos entre quem não acredita nos códigos de género anteviam uma excelente noite. O preconceito, esse, ficou no armário.

O Nuno Galopim já nos esperava lá dentro, mas não está sozinho – um pista cheia a dançar os maiores sucessos da pop. Até às três da manhã, (re)visitamos com ele, um dos programadores do Queer Lisboa e do Queer Porto, os maiores sucessos da música pop: desde o maior hinos de individualidade de Madonna e Lady GaGa até aos ritmos mais dançáveis de Ariana Grande ou Rihanna. Houve ainda Björk, Dead or Alive, Pet Shop Boys…

Mesmo com o ânimo do Nuno, só se pensava queriaSTARmorta. E não, não estamos a falar a sério. QueriaSTARmorta une Bruno Cadinha e Gonçalo C. Ferreira, dois jovens performers que confluem simultaneamente k-pop, hip-pop, funk, pop com as preocupação de dar visibilidade às questões de género e da sexualidade e um vídeo em loop das Navegantes da Lua. O set musical tem uma componente vincadamente performativa, onde se pertende descontruir os binarismos e a heteronormatividade, com drag e voguing.

No sábado, lá estaremos também na festa de encerramento. E já nos garantiram: os meninos vão mesmo voltar a usar saias e purpurina. E não há mesmo mal nenhum nisso.

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