Bruckner e Mahler nas estreias em disco de Gergiev em Munique
Texto: NUNO GALOPIM
Natural de Moscovo, com uma história profissional de primeiro plano que passa pela direção do Teatro Mariinsky em São Petesburgo ou da London Symphony Orchestra, Valery Gergiev, que foi um dos nomes de quem se falava para a sucessão de Simon Rattle em Berlim, é, desde a temporada 2015/16 o diretor artístico da Orquestra Filarmónica de Munique. E eis que começam a surgir em disco gravações de concertos que traduzem já este seu envolvimento com a orquestra. Editadas pela etiqueta da própria orquestra – que se apresenta muito simplesmente com o seu próprio nome, ou seja, Müncher Philharmonic – eis que surgem no mercado novas gravações da Sinfonia Nº 2 de Gustav Mahler e da Sinfonia Nº 4 de Anton Bruckner.
Contando com as vozes de Anne Schwanewilms e Olga Borodina, a Sinfonia Nº 2 – também conhecida como Ressurreição – de Mahler correspondeu aos primeiros programas da temporada de estreia de Gergiev à frente da orquestra. Há um valor simbólico nesta opção, já que Gustav Mahler (1860-1911) teve uma relação de proximidade com esta orquestra e ele mesmo chegou a dirigi-la nas estreias mundias das suas sinfonias número 4 e 8.
Outra relação histórica define a opção do segundo deste par de títulos editados em CD. É que Anton Bruckner (1824-1896) tem em gravações pela Filarmónica de Munique mais edições em disco do que qualquer outra orquestra. E, de todas, a Sinfonia Nº 4 (Romântica) é a mais vezes gravada, pelo que esta edição – que usa a versão de 1878/80 – junta assim mais um título a essa longa lista.
Ambas as gravações decorreram em setembro de 2015, na sala maior do Gasteig, a sede da orquestra, em Munique.
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