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O Inverno chegou. E agora? [sem spoilers]

Texto: NUNO GALOPIM

A nova temporada de A Guerra dos Tronos arranca com novas dinâmicas familiares, ainda que em passo lento, e uma batalha pela frente: previsibilidade versus surpresa.

Há mais de meia década que ouvimos a expressão “Winter is coming”. Ao sétimo ano, chegou finalmente. O que esperar de A Guerra dos Tronos quando o seu colossal orçamento de produção se mantém “praticamente igual” [palavras de um dos produtores] e o número de capítulos encolhe de dez para sete? Na teoria, a melhor temporada até agora. Na prática, claro está, é esperar para ver.

O primeiro episódio da sétima temporada da mais popular série de televisão, que se estreia na noite desta segunda-feira em Portugal no Syfy, com as habituais 24 horas de diferença face à transmissão na HBO, começa por costurar as pontas deixadas soltas no ano passado, mostrar novas dinâmicas entre personagens, algumas tensões familiares e uma participação especial. Tudo isto, ainda assim, a um ritmo narrativo lento, o que, de resto, vem sendo normal numa estreia de temporada de A Guerra dos Tronos.

Vale a pena não esquecer que, por hábito, David Benioff e D. B. Weiss [responsáveis pela adaptação televisiva dos livros de George R. R. Martin] guardam o melhor para os últimos dois episódios de cada ano: foi assim, por exemplo, com a épica batalha dos bastardos, a sequência que levou à explosão no Septo de King’s Landing, o famoso e sangrento Red Wedding ou a tão mediática “morte” de Jon Snow (Kit Harington).

O maior desafio da sétima temporada, principalmente quando se trata da penúltima [a oitava, de apenas seis episódios, chega no próximo ano] de A Guerra dos Tronos talvez seja o de não se tornar óbvia. Olhando para a forma como a história tem evoluído desde 2011, e para os níveis díspares de popularidade entre as personagens junto do público [Jon Snow e Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) lideram esta corrida], é fácil formar-se uma opinião relativamente unânime dos espectadores sobre aquilo que vai [ou deve, nas suas cabeças] acontecer até ao final da série. Mas A Guerra dos Tronos nunca foi, no geral, uma série óbvia. Resta saber de que forma vai se vai equilibrar, daqui para a frente, a balança entre a previsibilidade e a surpresa.

Certo, certo é que a HBO já encontrou a clara sucessora para esta série, uma espécie de nova galinha dos ovos de ouro. O drama de ficção científica Westworld angariou o aplauso geral do público e dos críticos com a sua primeira temporada e é a série mais nomeada para a cerimónia de 2017 com 22 indicações. Um lugar que tem sido ocupado, nos últimos anos, por A Guerra dos Tronos, que ficou inelegível para a entrega de prémios deste ano pelo atraso na sua transmissão televisiva.

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