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Como que se alguém nos observasse

Texto: NUNO GALOPIM

O segundo álbum do projeto pessoal de Michelle Zauner procura sair do quarto e rumar aos palcos. Música em zona indie, com ecos da genética Mazzy Star… Mas sem grandes rasgos de imaginação…

Chegamos ao verão e a uma etapa do ano em que, salvo pontuais acontecimentos, o mapa de edições em disco fica mais morno… É o caso de Soft Sounds from Another Planet, o segundo álbum apresentado pelo projeto pessoal da norte-americana Michelle Zauner, que integra a Little Big League. Um ano depois de Psychopomp, estreia na qual o projeto Japanese Breakfast tateava ideias num espaço habitualmente descrito como bedroom pop, Soft Sounds from Another Planet procura transportar estas mesmas ideias rumo a um patamar de maior ambição.

Sem perder o contacto com linhas centrais do grande filão indie pop/rock, mantendo temperos que evocam escolas que remontam aos oitentas e noventas (sobretudo o território Mazzy Star e suas periferias), Soft Sounds from Another Planet deixa de lado as filigranas de ferramenta digital que escutávamos em alguns temas do álbum de estreia para apostar antes num som que quer ter a sua concretização em palco como meta. Tal como na música o projeto narrativo é também mais ambicioso, propondo olhares sobre nós mesmos (e o nosso mundo), mas procurando um ponto de vista exterior. Na verdade nada aqui é tremendamente surpreendente. Mas até se ouve bem.

“Soft Sounds from Another Planet”, de Japanese Breakfast, está disponível em LP, CD e nas plataformas digitais numa edição da Dead Oceans ★★★

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