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“Stimmung” de Stockausen no Panteão Nacional

Karlheinz Stockhausen © DR

Stimmung, obra de 1968, talvez represente a mais importante (mais vezes tocada e mais gravada) das composições para voz de Karlheinz Stockhausen. Hoje, pelas 21.00, no Panteão Nacional, solistas do Coro Gulbenkian apresentam-na, sob direção artística de Pedro Amaral.

Stimmung nasceu de uma encomenda para um grupo vocal alemão (o Collegium Vocale da Rheinische Musikschule de Colónia) numa etapa em que o compositor viveu nos EUA. Trabalhando a peça de noite, procurando não fazer barulho para não acordar os filhos, descobriu nos murmúrios e zumbidos que então começara a experimentar um vasto campo de potencialidades que então decidiu explorar a fundo. A obra não é mais que uma sucessão de sequências cantadas a seis vozes, usando os cantores diversas técnicas, traduzindo um mergulho do compositor no mundo interior dos sons e das palavras. O sentido da palavra “stimmung” (que também traduz afinação) promove ainda em cada voz um processo de procura rumo ao encontro de uma alma interior. E, ao mesmo tempo, sugere ainda uma noção de empatia entre o colectivo (o que canta e o que escuta).

A obra permite um relativo grau de liberdade na sua interpretação, daí as variantes que encontramos nas várias gravações disponíveis. E são várias. A original, conduzida pelo próprio Stockhausen, foi originalmente lançada pela Deutsche Grammophon e está hoje disponível em CD no catálogo de venda postal da sua própria editora. No mercado, em CD, é relativamente fácil encontrar uma gravação recente (de 2007) dirigida por Paul Hillier (para a Harmonia Mundi) e uma outra, já de 2000, por Gregory Rose (para a Hypérion).

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