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O novo livro de Astérix correu bem à dupla de autores

Texto: NUNO GALOPIM

Ao terceiro álbum a dupla Jean-Yves Ferri e Didier Conrad confirma que conseguiu dar a volta ao mau caminho que as aventuras de Astérix estavam a tomar. A coisa corre-lhes bem… Desta vez com alusões à Fórmula 1 e à publicidade, e até com lusitanos em cena…

Depois de Astérix entre os Pictos (2013) e O Papiro de César (2015), Astérix e a Transitálica é já o terceiro álbum assinado pela dupla Jean-Yves Ferri e Didier Conrad. Sob a supervisão de Albert Uderzo (que juntamente com René Goscinny foi um dos criadores deste universo, que é um dos mais bem sucedidos da história da BD) as aventuras dos gauleses que teimam em resistir à ocupação romana ganharam de facto novo fôlego após um processo de derrapagem que parecia condenar a série a uma descaracterização por perda de viço dos ingredientes em jogo. Neste novo álbum eles estão todos ali novamente em cena, das marcas de identidade clássicas dos heróis (e Obélix faz questão desta vez de ser o protagonista) à forma de caracterizar o mundo de então através da projeção naqueles tempos e lugares de marcas de vivências da atualidade naquela que é a primeira aventura pela península italiana já que, até aqui, apenas a cidade de Roma havia sido visitada em aventuras anteriores.

A Transitálica é uma corrida de quadrigas que nasce do súbito acordar de um senador após ter sido criticado pelo mau estado das vias (as estradas). Assunto que estava sob a sua responsabilidade, como logo depois se fica a saber. A corrida é aberta a todos os povos e, tal como na ocasião em que os gauleses participaram nos Jogos Olímpicos, também aqui são muitos e diferentes os concorrentes, arrumados em equipas nacionais… Há até lusitanos, com uma certa falta de… rapidez (mas resilientes). Os universos das corridas de automóveis e da publicidade do nosso tempo são ali assimilados, tal como os ecos do mundo político atual, não faltando alusões a figuras como as das irmãs Serena e Venus Williams, Alain Prost ou Sílvio Berlusconi. A “ameaça” da invasão do mercado com menires (leves) feitos com pedra pomes é uma das situações em jogo e leva Obélix a agir. E tal como em Astérix e Cleópatra, no qual é de um acidente criado por si que a esfinge fica sem nariz, também aqui parte da sua intervenção o travar de uma erupção do Vesúvio… Que ficaria assim “enrolhado” até ao ano 79…

“Astérix e a Transitálica”, de Jean-Yves Ferri e Didier Conrad, é uma edição de 46 páginas em capa dura lançada pela ASA.

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