Páginas feitas de algas para folhear o mar
Texto: NUNO GALOPIM
Dois italianos, residentes em Milão, e com uma paixão maior pelo mar, procuravam e não encontravam, uma revista que traduzisse esse seu encantamento… Alberto Coretti e Floriana Cavallo arregaçaram as mangas e criaram em Sirene uma revista que olha o mar numa série de frentes, contando as suas histórias e imagens através daqueles que habitam as águas ou vivem ao seu redor, propondo um espaço de tranquilo retiro impresso em páginas de um papel feito de algas recicladas. Não se trata de uma revista nem de desportos aquáticos, nem de abordagens técnicas às diversas ciências e economias do mar. É uma revista mais feita de olhares, experiências e emoções, para todos aqueles que têm o mar como paixão. Também de abordagens aos oceanos como fonte de inspiração presente nas mais diversas culturas e expressões artísticas. E, ainda, de atenção para com o que temos aprendido através da oceanografia e a ecologia. Porque se a revista é na essência azul nas suas cores, afinal não deixa de ser “verde” na alma.
O mais recente número da Sirene é o 5 e surgiu no início do verão. Entre os vários artigos e portfólios podem ali encontrar uma peça sobre um casal sueco que se instalou no Sri Lanka e fez do seu abrigo um ponto de referência no mapa mundo dos amantes do surf, uma outra que evoca a figura de Jacques Couteau, um pequeno “retrato” da Ilha Grande (perto do Rio de Janeiro), uma viagem à península de Premantura (no Adriático) ou uma reflexão sobre como o mar inspirou grandes escritores.
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