A Cavalo de Ferro acaba de publicar Uma Biblioteca da Literatura Universal, de Hermann Hesse. Inédito em português, este volume do prémio Nobel da Literatura de 1946 introduz-nos à “magia do livro”, guiando-nos através de um conjunto de textos fundamentais pela “floresta de papel da literatura”. Nele o escritor alemão explica com clareza o que significa encontrar um livro, “acontecimento que pode ser tão ou mais importante do que encontrar uma pessoa”, ajuda-nos na criação da nossa própria biblioteca ou “reflecte de forma actualíssima sobre o universo da leitura e da escrita”.

No texto que abre este volume, precisamente com o título “Uma Biblioteca da Literatura Universal”, Hesse escreve: “Tal como a procura da força, da agilidade e da beleza física não tem um objectivo próprio definitivo (por exemplo, o de nos tornar ricos, célebres e poderosos), antes encontra em si mesma a sua recompensa, na medida em que exalta o nosso sentido vital e a nossa confiança em nós próprios, nos torna mais alegres e mais felizes e nos dá uma maior sensação de segurança e de saúde, também a procura da ‘cultura’, ou seja, de um aperfeiçoamento intelectual e espiritual, não é um fatigante caminho em direcção a uma meta bem precisa, antes sendo, pelo contrário, um fortificante e benéfico alargamento da nossa consciência, um enriquecimento das nossas potencialidades de vida e de alegria.”

“Uma Biblioteca da Literatura Universal”
Hermann Hesse, Cavalo de Ferro, 109 pp.