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O que escutar no Super Bock em Stock? – Parte 2

Texto: GONÇALO COTA

É chegada a altura de desenhar os trajetos pelo Super Bock em Stock! Para diminuir as “dores de cabeça”, durante os próximos dias deixaremos algumas sugestões do que se poderá escutar no festival que decorre nos próximos dias 23 e 24 de novembro.

O Super Bock em Stock realiza-se já este fim-de-semana. Para facilitar o desenho do trajeto, e como não é possível ver tudo, apresentamos mais algumas sugestões. Escolhas pessoais e subjetivas, claro!

Dino d’Santiago acaba de lançar Mundo Nôbu, mais um bom registo nascido do cruzamento entre os ritmos e sonoridades africanas – funaná, afrohouse, mornas – e a música electrónica. Disco amadurecido durante três anos entre Lisboa, Nova Iorque, Berlim, Londres, Luanda e Praia, tendo na sua génese uma primeira viagem a Cabo Verde (em 2010) onde o português encontrou os sons, as pessoas, os dialetos que desenham uma metaidentidade que, até ali, não compreendida. E é quase integralmente em crioulo que nos são cantadas todas as faixas: estreada na final do Festival da Eurovisão e com produção de Branko, PEDRO e letra de Kalaf (que consta como produtor executivo de todo o disco), Nova Lisboa cantada em português e adornada com duas frases em crioulo, serve de argumento para viajar por uma Lisboa onde a diversidade é tradição; Mundo Nôbu tem semelhanças com uma oração, ritmada pela pujança das electrónicas. Convidamos-vos a escutar um adas melhores discos nacionais do ano: Dino D’Santiago sobe a palco às 20 horas de sábado, na Sala EDP (Casa do Alentejo).

Com apenas um único longa-duração editado (ainda no ano de 2014), Lo-Fang estrear-se-á no Super Bock em Stock, logo a seguir, pelas 20:40. De formação clássica, o americano vem-nos apresentar Blue Film (e, talvez, novas canções), que se assemelham muito às propostas musicais de James Blake, Bon Iver ou Sampha. E a lógica poderá ser a mesma: introduzindo camadas de R&B, música clássica, efeitos e vocalizações a um pop eletrónica sónica e barroca, que, apesar do ping-pong eficaz entre os diferentes estilos e a sensação de interesse que faz emergir, não cria um espaço diferenciador para a sua sonoridade. Contudo, devem escutar com atenção uma versão retrabalhada (numa nova lógica de balada) do clássico de Grease, You’re the One That I Want. Tendo em conta os quatro anos que diferenciam a sua edição e o seu concerto no Palácio da Independência, a prova de palco poderá delinear uma nova tradução para as suas canções e comrprovar a sua eficácia…

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