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12: Duane Eddy (1958)

Texto: NUNO GALOPIM

Uma lista com discos que não costumam figurar nas listas mais habituais. Aqui fica o 12º… Este representou a estreia em álbum do guitarrista Duane Eddy, que então tornou célebre o som grave da sua ‘twangy guitar’. A produção era de Lee Hazlewood.

Nasceu em 1938 numa pequena cidade no estado de Nova Iorque, mas cedo mudou-se para o Arizona, onde cresceu e começou a tocar guitarra. Formou um duo com um amigo e, numa ocasião em que tocavam numa estação de rádio em Tucson, onde vivia, conheceu um DJ que acabaria por ter uma presença determinante na sua carreira. Chamava-se Lee Hazlewood e seria com ele que o jovem Duane Eddy registaria uma série de discos através dos quais deixou a sua marca na história dos primeiros tempos da cultura rock’n’roll.

O modo de trabalhar a guitarra, privilegiando as cordas mais grossas, gerou um som muito característico que rapidamente se afirmou como marca de assinatura para Duane Eddy. A sua “twangy guitar” ganhou visibilidade quando, em 1958, o tema Movin’ N’ Groovin’ cativou atenções e marcou presença na tabela principal da Billboard. Da série de singles que se seguiu nasceria pouco depois o desafio para gravar um primeiro álbum, que ganhou forma ainda em 1958, com o título Have ‘Twangy Guitar’ Will Travel.

Editado no mesmo ano em que Robert A. Heinlein publica Have Spacesuit Will Travel, o álbum de estreia de Duane Eddy é um cocktail feito de vários sabores e encontros, com o rock’n’roll como mais evidente ingrediente, mas revelando ainda marcas da presença de relações com a country, o swing e os blues. Produzido por Lee Hazlewood, é um disco instrumental claramente marcado pelo protagonismo da guitarra de Duane Eddy, mas ciente da necessidade de criar diálogos e cenários através da presença de outros instrumentos. O álbum gerou cinco singles e inúmeras descendências. E deu a Duane Eddy uma base de popularidade que, um ano depois, o single Peter Gunn levaria a um ainda mais vasta plateia de admiradores.

“Have Twangy Guitar Will Travel”, de Duane Eddy teve primeira edição em mono em 1958, pela Jamie Records. Surgiram no mercado várias edições em CD depois de 1986, algumas com capa diferente da original.

Da discografia de Duane Eddy vale a pena descobrir álbuns como:
“Especially For You” (1958)
“The ‘Twangs’ The ‘Thang’” (1959)
“Songs Of Our Heritage” (1960)

Se gostou, experimente ouvir:
Johnny & The Hurricanes
The Shadows
Big Bopper

E podem aqui ler títulos anteriores desta lista:
1. Yma Sumac, “Voice of The Xtabay” (1950)
2. Les Baxter and His Orchestra, “Ritual of The Savage” (1951)
3. Georges Brassens, “Georges Brassens chante les chansons poétiques (…et souvent gaillardes) de… Georges Brassens” (1952)
4. Odetta, “The Tin Angel” (1954)
5. Harry Belafonte, “Calypso” (1956)
6. Elvis Presley, “Elvis’ Christmas Album” (1957)
7. Dalida, “Son Nom Est Dalida” (1957)
8. Ruth Brown, “Rock and Roll” (1957)
9. Johnny Cash, ““Johhny Cash with His Hot and Blue Guitar” (1957)
10. Martin Deny, “Exotica” (1957)
11. Spike Jones, “Dinner Music For People Who Aren’t Very Hungry” (1957)

4 Trackbacks / Pingbacks

  1. 100 discos (daqueles que não costumam aparecer nas listas): Peggy Lee, 1958 – Máquina de Escrever
  2. Máquina de Escrever
  3. 100 discos (daqueles que não costumam aparecer nas listas): Esquivel, 1959 – Máquina de Escrever
  4. 100 discos (daqueles que não costumam aparecer nas listas): Babatunde Olatunji – Máquina de Escrever

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